quarta-feira, 15 de outubro de 2014

O Tarô



No taro existe muitas especulações por não saber sua origem assim foi influenciado por diversas crenças, a cabala é uma religião que influenciou muito o taro, alguns astrólogos também tentam colocar uma correlação entre o taro e os astros.
Acredito muito na simbologia que as cartas trazem, e me pergunto sempre sobre os seus significados como exemplo o símbolo do infinito no chapéu do mago. Então claramente vêem a arte nos desenhos e o que esta carta ou qualquer outra queria dizer para aquela pessoa que a criou. É a mesma sensação que ir a uma exposição de quadros e tentar decifrar o que o pintor tentou expor ali, quando você olha o sorriso da Monalisa e tenta decifrar, ou porque ela não tem sobrancelhas, para onde ela olhava quem era ela, tudo isso é arte. 
Assim que descobri que taro nada tinha a ver com magia e que estava estreitamente ligado a arte me apaixonei ainda mais, querendo adivinhar o que esta lamina queria dizer, então me imaginava desenhando o mágico que uma das cartas da qual mais me fascina, e eu lá vendo um belo rapaz fingindo ser um mágico, sorridente me fitando com seu bastão mágico, seu cálice, uma moeda, e sua espada. E a onde esta imaginação me levou? Pensei ser um príncipe que estava cansado de ficar preso atrás das paredes do palácio, assim eu vi que suas vestimentas não eram rudimentares, e sim uma mistura real de finos panos, com uma mistura de chapéu de bobo da corte a quem deve estar feliz por ter cedido suas vestes ao príncipe e poder em fim viajar pelo mundo sem ter de ficar fazendo o nobre rei sorrir, quando ele descobre que estou pintando em minha tela sorri, olha para mim, e me chama, faz aquela mágica mais boba de esconder uma moeda em baixo de três copos, o que prova minha teoria de que ele é o príncipe, pois tem uma moeda de ouro e taças de ouro, além de ter sua espada. E vualá! Descobri o príncipe que queria ser mágico.
A conotação que estas cartas trazem sem que ninguém jamais possa ter afirmado me deixa livre para criar, aludir uma vida e uma historia para cada lamina. Lembro que até meus quinze anos não tinha tido nenhum contato com o taro de Marselha, apenas com o taro cigano e o primeiro livro que ganhei da minha mãe dizia para sentir as cartas, deixar que ela mostrasse o seu significado, e fui criando a minha forma de ler, e quando fui ver o que as cartas significavam de um modo geral, lido por outros tarólogos, descobri que era muito parecido, pois elas não deixam duvidas, e quem as desenhou fez com que todos nos que desejamos intimamente desvendar os mistérios que estas cartas trazem tenhamos o mesmo caminho a seguir uns como eu com a mente mais fértil outros mais fieis ao que posso chamar de tradicionais, o que realmente se sabe é que a partir do momento em que se tem contato com esta arte tudo passa a ser mais misterioso e bonito, e fica sempre aquela duvida que não possa ser respondida, será que sei adivinhar o futuro mesmo? Será que tenho este dom?
Muitos tentam achar uma resposta plausível, com ciência e mistérios, palavras subentendidas nas representações o que de fato também acho que exista, porém prefiro olhar como arte e não como ciência, desvendá-las para mim é como criar uma nova historia diária. Contada e casada a cada pessoa que tento desvendar o futuro, melhor dizendo adivinhar, e assim como acredito em todas as religiões, acredito que não são meras figuras desenhadas por um artista qualquer que foi esquecido no mundo, acredito que trata-se de uma pessoa que queria contar uma historia, e que nos deu a permissão de escolher seu final.

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